O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu que em meio a disparada do petróleo a definição do preço dos combustíveis exige “serenidade e equilíbrio”.
A fala ocorre após uma série de críticas sobre o descolamento da política de preços da Petrobras em relação ao mercado internacional. A estatal está praticando valores abaixo da conjuntura externa.
“O ambiente exige serenidade e equilíbrio”, comentou em uma rede social. A frase foi acompanhada de uma imagem da cotação do barril de petróleo tipo Brent, que está acima de US$ 80.
No início da semana, Prates fez alertas ao presidente Lula sobre o cenário. Ele detalhou os riscos financeiros para a empresa em caso de decisão por segurar os preços. O valor cobrado agora está defasado em mais de 20% em relação ao mercado internacional.
O recado foi claro: para manter o preço, serão necessários subsídios. Em outros momentos, a prática já prejudicou a saúde financeira da petrolífera. Lula é contra a paridade de preços.
Em maio, após pressão de Lula, a Petrobras criou uma nova política comercial que leva em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados no país e as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior.