Mesmo suspenso do mandato por determinação do Supremo Tribunal Federal
(STF), o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) custa mais de R$ 500 mil por
mês aos cofres públicos. Só com a manutenção da residência oficial,
ainda ocupada pelo presidente afastado, a Câmara gasta cerca de R$ 400
mil. Além disso, Cunha conserva o salário de R$ 33,7 mil e verba de
gabinete no valor de R$ 92 mil para pagar funcionários de seu gabinete.
Apenas a cota para o exercício da atividade parlamentar, em torno de R$
35 mil, foi cortada.
Os dados são de levantamento do Psol e constam de documento a ser
entregue pelo partido nesta quarta-feira (25) à Procuradoria-Geral da
República. O partido oposicionista vai pedir a suspensão dos benefícios
garantidos pela Mesa Diretora a Cunha mesmo com o seu afastamento do
mandato, sob a acusação de utilizar o cargo em benefício próprio, para
dificultar, entre outras coisas, investigações da Operação Lava Jato que
o comprometem.
Para chegar ao valor de R$ 400 mil com a manutenção da residência oficial, o Psol fez o seguinte cálculo:
- manutenção de 16 agentes do Departamento de Polícia da Câmara à disposição de Cunha: R$ 217 mil
- despesas mensais com alimentação, água, luz e telefone: R$ 35 mil
- serviço de vigilância terceirizada: R$ 60,3 mil
- salário da servidora da Câmara que administra a residência oficial: R$ 28,2 mil
- serviço de copa e cozinha (um chefe de cozinha, três cozinheiros,
dois auxiliares de cozinha, quatro garçons e duas arrumadeiras): R$ 35,9
mil
- salário de quatro motoristas: R$ 29,3mil
A Diretoria-Geral da Câmara informou não saber o gasto mensal com a
manutenção da residência oficial. Segundo a assessoria, Cunha tem
utilizado automóvel próprio e um veículo da Casa como escolta. O fim das
regalias ao peemedebista também foi solicitado esta semana pelo
vice-líder do PPS Arnaldo Jordy (PA) à PGR.
(Site Congresso em Foco)