Terceira fase do programa será totalmente reformulada, e meta baixará de 3 milhões para 1,5 milhão de casas
O Globo - Geraldo Doca
Alegando
restrições orçamentárias, o governo do presidente interino, Michel
Temer, decidiu acabar com os subsídios concedidos aos mutuários mais
pobres dentro do Minha Casa Minha Vida. O programa habitacional deixará
de receber recursos do Tesouro Nacional, repassados pela União a fundo
perdido, para subsidiar as famílias enquadradas na faixa 1 (renda de até
R$ 1.800) — às quais as residências são praticamente doadas — e na
faixa 2 (até R$ 3.600) — cujas prestações são bastante reduzidas,
facilitando a quitação do financiamento. Antecipada a empresários pelo
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na semana passada, a decisão
foi confirmada ao GLOBO por fontes que trabalham no plano.
Além
disso, técnicos anteciparam ao GLOBO, o programa — um dos mais
emblemáticos do governo do PT — mudará de nome. Michel Temer está
decidido a não manter as marcas da gestão anterior, consideradas
estratégias de marketing politico.
Em
2015, o Tesouro desembolsou um total de R$ 11,8 bilhões em susbídios
para essas duas faixas. Neste ano, relatou Meirelles a empresários da
construção civil, somente estão assegurados repasses para as
contratações do Minha Casa já realizadas. O montante gira em torno de R$
3,5 bilhões. A redução dos subsídios faz parte do pacote de medidas do
ajuste fiscal anunciado pelo ministro na última terça-feira.