Com o governo do presidente interino Michel Temer, de fortes
características congressuais, as bancadas de deputados vão se dividir em
quatro grandes blocos de atuação. Estes agrupamentos não serão
formalizados para evitar que cada bancada partidária perca cargos em
comissões permanentes e postos na Mesa Diretora. Vão atuar à revelia dos
blocos formais acertados no início da legislatura.
A nova oposição na Câmara, formada por PT, PCdoB, PDT, Rede e Psol
não conseguirá barrar ou alterar, de forma significativa, as propostas
de reformas polêmicas, entre elas a administrativa e a da previdência,
além das medidas de ajuste fiscal que o Palácio doPlanalto enviará ao
Legislativo nas próximas semanas. Com 99 deputados formais, estas
legendas – – todas foram contra o impeachment da presidente afastada
Dilma Rousseff, com raras exceções de alguns deputados — serão
derrotadas facilmente em plenário. Com a ajuda de um pequeno grupo que
pode chegar a 120 parlamentares, o máximo que poderão fazer será adiar
discussões e decisões finais sobre projetos de lei e emendas à
Constituição.