Em uma
reviravolta da reforma ministerial, o Palácio do Planalto cogita, agora,
entregar o Ministério da Integração Nacional para o PMDB. Contudo, o mais
cotado para a vaga seria o líder do partido no Senado Federal, Eunício
Oliveira (CE), e não o nome indicado pela legenda, o do senador Vital do Rêgo
Filho (PB).
A pasta entraria nas negociações com a sigla do vice-presidente Michel Temer como uma espécie de "prêmio de consolação", em troca do Ministério do Turismo, que a presidente Dilma Rousseff (PT) avalia entregar ao PTB. Com isso, ao invés de ampliar o tamanho do partido, que reivindica o sexto ministério, os peemedebistas continuam com cinco, mas ganhariam uma pasta mais expressiva. Essa possibilidade, que circula nos bastidores do Planalto, subverte o desenho da reforma, porque, a despeito do interesse do PMDB, havia um aceno de que o Ministério da Integração ficaria com o PROS, sigla que Dilma quer atrair para a coligação nacional da campanha.
Nos
bastidores, o PMDB chegou a ser avisado de que não ficaria com a Integração,
e passou a pleitear a Secretaria Nacional de Portos.
O
comando da campanha de Dilma Rousseff quer um palanque sólido, que reúna o
candidato do governador Cid Gomes (PROS), além do PT e do PMDB. Na formação
da chapa, o PT indicaria o candidato ao Senado e o PMDB o postulante a
vice-governador.
A montagem do palanque no Ceará é estratégica porque o PT avalia que a candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) divide os votos de Dilma na região. Por isso, os esforços para unir os aliados no estado. |
(Valor)