Pouco mais de cinco anos e meio após a saída do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) da Presidência da República, o Brasil voltou a
ter, interinamente, uma primeira-dama.
Casada desde 2003 com o agora presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), a bacharel em direito Marcela Temer,
32, passou a ocupar o posto na semana passada, por conta do
afastamento –por até 180 dias– da presidente Dilma Rousseff (PT) pelo
Senado, que aprovou a abertura do processo de impeachment contra ela.
Mas o que a mudança no status da ex-vice-primeira-dama representa? Ela passará a ter alguma função oficial no Governo Federal?
Questionada pelo UOL, a assessoria de imprensa da Vice-Presidência
informou que não há, no momento, nenhuma previsão de que isso aconteça.
De acordo com o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, o papel da primeira-dama no Brasil é “meramente protocolar”.
“Não tem nenhuma função oficial definida por lei. A primeira-dama se
apresenta, por exemplo, para receber a primeira-dama de outro país,
mostrar o Palácio [do Planalto]. É um protocolo de diplomacia”, apontou
Monteiro, que é diretor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas
do Rio de Janeiro).
A primeira-dama, portanto, não é considerada integrante da administração federal e nem recebe salário.