Já
faz tempo que o WhatsApp é mais do que apenas um ícone verde perdido em
meio aos apps na tela do smartphone. Com mais de 100 milhões de
usuários no Brasil, o serviço se tornou indispensável para quem quer se
manter em contato com a família, amigos e até mesmo fazer negócios.
Quando o aplicativo foi bloqueado pela segunda vez no País, no início
deste mês, muita gente entrou em pânico por não poder enviar e receber
mensagens. Para algumas pessoas, porém, a aparente irritação escondia um
problema ainda maior: o vício no WhatsApp.
“As pessoas não estão conscientes de que estão se tornando viciadas
no WhatsApp”, afirma a psicóloga do programa de dependências
tecnológicas do Hospital das Clínicas, Dora Goés. “O serviço é algo
muito novo na vida delas e na sociedade, então é difícil ter noção disso
tão rapidamente.”
Até o momento, ainda não há um grande número de “viciados” em
WhatsApp diagnosticados no Brasil. Apesar disso, segundo apurou o
Estado, três dos principais centros de pesquisa em dependência
tecnológica do País já atenderam pelo menos algum caso relacionado
diretamente ao aplicativo de mensagens instantâneas.