Como foro adequado para processar e julgar governadores, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conduz dezenas de processos contra esses políticos – em especial, por esquemas de corrupção. No último dia 9 foi diferente. Chegou à corte um pedido de medida protetiva urgente da ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório. Ela acusa o ex-marido, o governador Ricardo Coutinho (PSB), de ter praticado crimes relacionados na Lei Maria da Penha. A defesa do governador nega e diz estar processando Pâmela por calúnia, injúria e difamação.
Coutinho foi notificado na segunda-feira e tem cinco dias de prazo para prestar informações. Depois disso, a presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, decidirá se concede ou não o pedido da ex-primeira-dama. Segundo o advogado do governador Sheyner Asfora, Pâmela será candidata nas eleições deste ano e, por isso, quer prejudicar politicamente o ex-marido.
“Essas acusações são antigas e o governador já acionou ela por calúnia, difamação e injúria. Passado todo esse tempo, ela não conseguiu provar nada. Agora, juntou todas essas acusações para pedir medidas protetivas ao STJ. Esse pedido vem no período eleitoral, para ela ganhar notoriedade e causar dano à honra do governador”, disse o advogado.