Mesmo afastado da presidência da Câmara e do exercício de seu mandato,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continuará recebendo salário e outros benefícios
garantidos aos deputados, que somam mais de R$ 160 mil por mês. Fora
isso, seguirá com as garantias previstas para um presidente da Câmara,
como ocupar a residência oficial, locomover-se em carro oficial e jato
da Força Área Brasileira (FAB) e ter à sua disposição uma equipe de
seguranças. As informações foram confirmadas pela Secretaria-Geral da
Mesa. A justificativa é de que o peemedebista não perdeu o mandato,
apenas foi suspenso temporariamente, em situação análoga ao eventual
afastamento da presidente Dilma durante o processo de impeachment.
No período em que estiver proibido de realizar qualquer atividade
parlamentar, Cunha receberá o salário de R$ 33,7 mil, a verba de R$ 35,7
mil para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório,
divulgação do mandato, entre outras despesas. Também estão assegurados
os R$ 92 mil reservados para a contratação e manutenção de até 25
funcionários em seu gabinete de apoio. Não entram nessa conta os
servidores que atuam por livre escolha do peemedebista na presidência da
Câmara.