Durante
a reunião mensal de monitoramento do Programa "Em Defesa da Vida",
realizada nesta quinta-feira (5), foram apresentados os resultados das
áreas assistidas pela primeira Unidade Integrada de Segurança (Uniseg),
instalada na AIS 3. Abrangendo ações nas comunidades dos bairros Vicente
Pinzon, Cais do Porto e Mucuripe, a Uniseg teve uma expressiva redução
de 100% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). Ou seja,
ocorreram seis casos de CVLI no ano passado e, a partir da instalação da
Unidade, os índices foram zerados.
Na Unidade, funciona um Batalhão da Polícia Militar, oferecendo
serviços diferenciados de proatividade como o Ronda Escolar, o Grupo de
Apoio às Vítimas de Violência, Grupo de Segurança Comunitária e as
reuniões do Conselho Comunitário de Defesa Social da SSPDS. Desde sua criação,
o 9º Distrito Policial funciona de forma plantonista, durante 24 horas,
além de efetivos das Polícias Militar e Civil dedicados ao local,
integrado às ações e projetos sociais do Corpo de Bombeiros, Perícia
Forense do Ceará (Pefoce) e Academia Estadual de Segurança Pública
(Aesp).
Com isso, a AIS 3, que atende, além dos bairros assistidos pela
Uniseg, os bairros Dunas, Papicu, Praia do Futuro, Fátima, Sabiaguaba,
Joaquim Távora, Cocó, São João do Tauape e Edson Queiroz, também obteve
êxito, com uma redução de 81,8% e dois registros
de CVLI em abril de 2016. Com isso, foram salvos nove vidas em relação
ao mesmo período do ano passado, onde ocorreram onze mortes violentas.
A vice-governadora Izolda Cela creditou a melhoria dos resultados na
área às abordagens sociais que estão sendo feitas na área. “Não tenho
dúvidas que podemos creditar o sucesso dos resultados à presença da
Uniseg, mesmo com o curto prazo. A experiência de ter um equipamento que
abraça o bairro, com o objetivo de envolvimento progressivo da
comunidade, tem se mostrado bastante eficaz. A adesão e movimento da
população é grande, pois a latência de participação das comunidades é
vista no sucesso das parcerias com os projetos. Sabemos que tem um ritmo
que é percebido de bairro por bairro, mas são percepções positivas de
um anseio da comunidade”, destacou Izolda.
Segundo o comandante do Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom),
cel. Fernando Albano, os resultados iniciais projetam para uma maior
participação popular e de entidades. “Temos obtido bons resultados em
locais conhecidos por seus índices contínuos de violência. Somos
procurados pela população das mais diversas formas, principalmente, para
recepcionar seus projetos sociais. Sabemos que é um trabalho inicial,
mas os resultados nos revigoram e acenam para a concretização de mais
ações e serviços comunitários integrados”, comentou o comandante.