quarta-feira, 23 de outubro de 2019

JUSTIÇA NO CEARÁ NÃO ACEITA ARQUIVAR CASO DOS "DÓLARES NA CUECA"


FORTALEZA, CE, BRASIL, 19-10-2019: José Guimarães, deputado federal (PT). 7º Congresso do Partido dos Trabalhadores (PT), no Hotel Gran Marquise, na avenida Beira Mar, no bairro Meireles. (Foto: Mauri Melo/O POVO).
Quatorze anos depois do flagrante que ficou conhecido como o caso dos "Dólares na cueca", a Justiça Federal rejeitou o pedido de arquivamento do inquérito do escândalo envolvendo um assessor do então deputado estadual José Guimarães (PT), executivos do Banco do Nordeste (BNB) e de empresários do setor da energia elétrica.
O juiz Danilo Fontenele, da 11ª Vara Federal de Fortaleza, não concordou com o pedido de encerramento do caso feito pelo procurador da República no Ceará Régis Richael Primo da Silva. As peças foram remetidas à Procuradoria Geral da República, em Brasília, que poderá oferecer denúncia ou referendar o pedido de arquivamento. De acordo com o artigo 28 do Código de Processo Penal, caso mantenha o pedido, o juiz estará obrigado a atender.
Em 8/7/2005, José Adalberto Vieira da Silva, na época assessor de José Guimarães e secretário de Organização do PT no Ceará, foi preso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil na cueca e mais R$ 209 mil em uma maleta. O dinheiro vinha para Fortaleza.
Em junho deste ano, o procurador Régis Richael resolveu não oferecer a denúncia e pediu o trancamento do inquérito. Além de outras razões, um processo que tramitava no Tribunal Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife, e tratava também dos "Dólares na cueca" serviu de base para o parecer de Regis Richael.
Tempo
O inquérito do "Dólares na cueca" foi aberto em 2005, em São Paulo. Em 2010 seguiu para o STF porque envolvia o deputado federal José Guimarães (PT). Em setembro de 2018, veio para o MPF no Ceará. Em junho deste ano, o MPF pediu o arquivamento


(OPovo)