
Um acordo prévio de senadores levou ao anúncio, após reunião de líderes na terça-feira (12) sobre quais partidos comandarão as 13 comissões temáticas permanentes do Senado pelos próximos dois anos. Ao final do encontro, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou o que já estava pré-determinado em outras reuniões: o MDB, partido com mais representantes (13), ficaria com dois dos principais colegiados: a Comissão de Constituição e Justiça (MDB), a mais importante, e a Comissão Mista de Orçamento (CMO), também uma das mais cobiçadas – neste caso, uma comissão do Congresso, com deputados e senadores em sua composição.
Houve uma inovação na definição dos comandos de comissão nesta legislatura (2019-2023). Segundo o acordo de líderes, a única comissão que respeitou o critério da proporcionalidade, que dá prioridade de escolha a partidos com mais representantes eleitos, foi a CMO, comissão responsável pela distribuição do bilionário orçamento da União. Nas demais, pesou a influência do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, artífice da vitória de Alcolumbre, e a nova configuração de aliados governistas na esteira dos "novos ares" do Senado, em que pesem a ausência de caciques do MDB dos postos de comando, a exemplo do próprio Renan e de figuras como Jader Barbalho (MDB-PA).
Comissão de Constituição e Justiça: MDB
Comissão de Educação: MDB
Comissão de Assuntos Econômicos: PSD
Comissão de Assuntos Exteriores: PSD
Comissão de Assuntos Sociais: Podemos
Comissão de Infraestrutura: DEM
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa: PT
Comissão de Ciência e Tecnologia: PP
Comissão de Desenvolvimento Regional: PSDB
Comissão de Fiscalização e Controle: PSDB
Comissão de Meio Ambiente: Rede
Comissão de Agricultura: PSL
Comissão do Senado do Futuro: PRB e PSC (revezamento dos partidos entre presidência e vice)
Mista (deputados e senadores):
Comissão Mista de Orçamento: MDB
(Com informações Congresso em Foco)